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Orador

Diogo da Costa Ferreira

Diogo da Costa Ferreira é um criador e artista multidisciplinar português, sendo compositor, escritor, professor, investigador e coordenador de projectos educativos e de intervenção sócio-comunitária. Estudou Composição na Escola Superior de Música de Lisboa e Direcção de Orquestra com diversos maestros portugueses e estrangeiros.

 

Estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, dedicando-se particularmente à Estética e Filosofia da Arte. Frequentou o Mestrado em Estética e Estudos Artísticos e o Mestrado em Filosofia na FCSH da Universidade Nova de Lisboa, o Mestrado em Ensino da Música no Instituto Politécnico de Lisboa e o Programa Avançado em Gestão do Património Cultural na Católica Business School. 
Estudou, também, Psicanálise no Instituto Brasileiro de Psicanálise Winnicottiana, sob a coordenação do filósofo Zeljko Loparic e da psicanalista Elsa Oliveira Dias. Dedica-se à concepção e coordenação de projectos educativos e de intervenção sócio-comunitária na Área Metropolitana de Lisboa, tendo sido membro da Rede Social de Lisboa, dos Grupos de Trabalho para o Plano de Desenvolvimento Social de Lisboa, assim como da Rede de Desenvolvimento Local de Base Comunitária de Lisboa.

 

Foi Administrador do Instituto Português de Desenvolvimento Pessoal (cooperativa de solidariedade social), onde assume, também, a Coordenação de Projectos de Intervenção Comunitária, assumindo nesse contexto a coordenação-geral de consórcios institucionais alargados (Agrupamentos de Escolas, Centros de Saúde, Autarquias Locais, Universidades, entre outros).

 

Tem desenvolvido projectos dirigidos para os processos de empowerment de comunidades socialmente vulneráveis, para a promoção da saúde mental e para a capacitação de cidadãos activos. Em 2019, foi orador convidado na World Summit da Organização Mundial da Família das Nações Unidas, tendo apresentado o seu contributo para a implementação de projectos internacionais de desenvolvimento comunitário no âmbito da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU. Actualmente, é Juiz Social Efectivo no Juízo de Família e Menores do Tribunal Judicial de Lisboa.

 

É, também, professor e investigador, tendo vindo a leccionar no ensino público (ensinos básico e secundário) e em contextos de educação não formal, participando regularmente como palestrante em diversas iniciativas científicas.

 

É membro da Associação Portuguesa de Escritores, da Associação Portuguesa de Psicanálise e Psicoterapia Psicanalítica, do Centro de Investigação Winnicott Portugal e da International Winnicott Association.

Comunicações em que participa:

    • 14:30-15:30Sala das Comissões

      V. O acesso ao Ensino Superior – da escolaridade obrigatória à obrigatoriedade de um curso

      A Escola é um terreno de luta política, de exercício de direitos sindicais dos professores e de funcionários; de reivindicação de direitos pelas associações de estudantes; de divergência quanto aos Programas e Métodos de Ensino e de Aprendizagem. Importa dar a palavra aos jovens para conhecer o que pensam que deveria ser a Escola e o que precisam de lá aprender. O acesso à Universidade depende do percurso escolar anterior em matéria de qualidade de ensino, não se garante a igualdade nas avaliações; os conteúdos programáticos não são articulados entre si e entre o ensino médio e superior; igualdade e inclusão não se fazem pelo êxito escolar. Os governos e a Comunicação social anunciam mais vagas todos os anos nas Universidades, mas nada disso está ligado ao acesso ao curso pretendido e ao respeito pelas escolhas dos jovens. Trata-se de programação educativa camuflada em oportunidade de frequentar a Universidade no curso que tem vagas. Na Universidade o acesso através do numerus clausus coloca problemas de direito de escolha do curso, igualdade entre alunos nas escolas públicas de diferentes níveis (ver rankings) e de permanência dos estudantes nas aulas e nos cursos além da inversão da pirâmide social (melhores alunos de classes sociais com possibilidades económicas em Universidades públicas e os outros atirados para o ensino privado caro e de menor qualidade); o acesso a apoios sociais tem sido para muito poucos; os custos do ensino e os orçamentos das Universidades têm sido alvo de um debate quase exclusivo de ministros e reitores sem participação da comunidade académica e com descaso dos partidos políticos.