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Oradora

Rita Lapão

Rita Lapão, natural de Estremoz, tem dezassete anos e é estudante do décimo segundo ano no curso científico-humanístico de Ciências Socioeconómicas na Escola Secundária Rainha Santa Isabel, em Estremoz. Desde muito cedo tem vindo a participar em projetos cujos objetivos são representar, juntar e motivar os jovens. Integrou um grupo de música, uma equipa de natação, um clube de ciências, etc.

 

Desde os seus doze anos, faz parte do Clube dos Direitos Humanos na sua escola. Tem vindo a participar no projeto “Ópera na Escola” nos anos em que este é realizado e, mais recentemente, integrou o Conselho Geral da Associação de Estudantes da sua escola. Também no ano letivo 2021/22 participou nas fases escolar, distrital e nacional do Parlamento dos Jovens com o objetivo de debater e refletir acerca dos efeitos da desinformação na democracia. O último projeto onde esteve inserida foi a Escola de Verão da Fundação Francisco Manuel dos Santos, em setembro de 2022, onde estudou e debateu as alterações climáticas.

Comunicações em que participa:

    • 14:30-15:30Sala das Comissões

      V. O acesso ao Ensino Superior – da escolaridade obrigatória à obrigatoriedade de um curso

      A Escola é um terreno de luta política, de exercício de direitos sindicais dos professores e de funcionários; de reivindicação de direitos pelas associações de estudantes; de divergência quanto aos Programas e Métodos de Ensino e de Aprendizagem. Importa dar a palavra aos jovens para conhecer o que pensam que deveria ser a Escola e o que precisam de lá aprender. O acesso à Universidade depende do percurso escolar anterior em matéria de qualidade de ensino, não se garante a igualdade nas avaliações; os conteúdos programáticos não são articulados entre si e entre o ensino médio e superior; igualdade e inclusão não se fazem pelo êxito escolar. Os governos e a Comunicação social anunciam mais vagas todos os anos nas Universidades, mas nada disso está ligado ao acesso ao curso pretendido e ao respeito pelas escolhas dos jovens. Trata-se de programação educativa camuflada em oportunidade de frequentar a Universidade no curso que tem vagas. Na Universidade o acesso através do numerus clausus coloca problemas de direito de escolha do curso, igualdade entre alunos nas escolas públicas de diferentes níveis (ver rankings) e de permanência dos estudantes nas aulas e nos cursos além da inversão da pirâmide social (melhores alunos de classes sociais com possibilidades económicas em Universidades públicas e os outros atirados para o ensino privado caro e de menor qualidade); o acesso a apoios sociais tem sido para muito poucos; os custos do ensino e os orçamentos das Universidades têm sido alvo de um debate quase exclusivo de ministros e reitores sem participação da comunidade académica e com descaso dos partidos políticos.